“É preciso pensamento crítico e alguma atividade manual, porque vai ter o trabalho no campo. O estudante tem de gostar de planta, de ambiente aberto. Muitos profissionais já formados não ficam só
dentro de escritório. E tem também a parte de cálculos”, afirma Quirino Augusto de Camargo Carmello, presidente da Comissão de Graduação da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP).
O curso tem bastante carga de exatas, principalmente nos dois primeiros anos. Não é à toa que parte das graduações recebem o nome de engenharia agronômica (e parte de agronomia).
Independente do nome do curso, o profissional formado ganha o título de engenheiro agrônomo e vai ser capaz de lidar com as culturas e criações de animais, planejar e administrar fazendas, construir prédios rurais, projetar estradas, dentre outras atividades. Depois de formado, para poder trabalhar, é preciso obter registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) de seu estado.
“O engenheiro agrônomo tem de saber matemática e física, mas não precisa gostar muito. Passado os primeiros anos, os conhecimentos vão ser utilizados, mas se misturam com as matérias específicas de agronomia. Só não pode ter ódio de exatas”, diz Carmello.
A graduação ainda é diferente da de engenharia agrícola, que tem maior ênfase na elaboração de projetos para o meio rural, enquanto a agronomia tem uma visão mais generalista do processo produtivo e se destina, principalmente à execução dos projetos.
Estágio
“Os estágios são obrigatórios, mas tanto eles como os conteúdos dos cursos variam de instituição para instituição, com ênfases e enfoques decididos pelos professores de acordo com sua experiência, com as orientações e com peculiaridades regionais”, explica o professor da Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Ricardo Veiga, que também é conselheiro do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea).
Estudantes durante aula sobre plantas no curso de agronomia da USP (Foto: Paulo Soares/Esalq)
Na Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, por exemplo, é obrigatório realizar no mínimo 180 horas de estágio. “Mas queremos que o tempo mínimo seja de 480 horas, porque é muito importante para a formação”, diz José Maria Moreira Dias, coordenador do curso de agronomia da entidade.
“É possível fazer estágio aqui na universidade. Todos os professores são doutores e têm projeto de pesquisa. Há experimentos no campo, o estudante aprende irrigação, plantio, colheita. Vê praticamente todo o projeto produtivo”, explica .
“É possível fazer estágio aqui na universidade. Todos os professores são doutores e têm projeto de pesquisa. Há experimentos no campo, o estudante aprende irrigação, plantio, colheita. Vê praticamente todo o projeto produtivo”, explica .
Simone Harnik do site G1.
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