quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Brasil exportará mais devido aos problemas de clima da Ásia

As Inundações pela Ásia estão deixando muitos prejuízos na produção em plena época de colheita, são varias as perdas. No Paquistão as fortes enchentes e inundações já causaram uma quebra de 27% na safra, Lembrando Paquistão é o terceiro maior exportador de arroz do mundo!.



O clima que prejudica a agricultura na Ásia, com lavouras submersas e destruídas em plena época da colheita, vai ajudar produtores brasileiros. O aumento da demanda no Exterior pode reabrir o cenário para as exportações em um ano onde os agricultores sofreram grandes perdas no sul do país.
O produtor rural Paulo Adolfo Prochnow perdeu 80% do arroz plantado em agudo, na região central do Rio Grande do Sul. Foi durante as chuvas de janeiro que derrubaram pontes e destruíram as lavouras.

— Eu também fiz o replantio por duas vezes e na terceira perdi de novo. Então, por ser do ramo e sempre apostando que isso vai dar certo mesmo sendo fora de época. A gente acreditou que isto seria viável, mas os plantios também não produziram, porque nós tivemos uma chegada de frio em março já e a lavoura acabou sendo praticamente improdutiva — diz Prochnow.
Agora, são os países asiáticos que sofrem com o mesmo problema. As inundações causaram uma quebra de 27% na safra do Paquistão, o terceiro maior exportador de arroz do mundo.
A perda estimada pelo governo ultrapassa 1,5 milhão de toneladas. O prejuízo calculado para esta safra por causa das chuvas é de quase US$ 3 bilhões. A oferta reduzida de arroz no mercado externo pode aumentar as exportações brasileiras.
— Tudo leva a crer que nós teremos preços melhores e poderemos iniciar alguma coisa que favoreceria o produtor brasileiro com relação aos seus negócios. Eu me recordo que, muitos anos atrás, o Brasil não exportava milho, e em uma iniciativa muito pontual da Coama, lá no Paraná, fizemos uma primeira exportação de milho, o que mudou muito o cenário tecnológico deste cereal que também era um cereal só de mercado interno lá pelos anos 70 e 80 — diz o consultor José Luiz Tejon, que participou nesta segunda, dia 30, do Fórum Canal Rural, durante a Expointer, em Esteio (RS) .
De acordo com o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), as exportações, que em 2009 chegaram a 900 mil toneladas, não devem passar de 500 mil este ano por causa do câmbio e dos preços desfavoráveis.
— O mercado internacional começa a reagir. Nós temos preços já mais favoráveis para exportação e já temos mais clientes buscando produto no RS e no país. Então, essa crise que está ocorrendo na Ásia deve nos favorecer — explica o presidente do Irga, Maurício Fischer. 

Noticia do Site Portal do Agronegocio
e Canal Rural

31/08/2010 09:20

Nenhum comentário: