domingo, 26 de junho de 2011

BR-153. A maior rota do Agronegócio Brasileiro

Caros amigos/seguidores deste blog, EU estou publicando esse artigo sobre a BR 153 pois quem ainda nao conheçe precisa conhecer a importância dessa rodovia para o nosso querido Tocantins além dos demais estados da região norte, o Goiás também se destaca como grande eixo logístico. Resumindo EU AMO demais essa rodovia pois me impressiona a grande quantidade de veículos e as cidades que ela integra, a sua historia, as aventuras e a importância dela para o AGRONEGÓCIO DO BRASIL. Leiam e conheçam mais sobre a rodovia mais importante do Agronegócio brasileiro!!! 

A rodovia Belém-Brasília (BR-153/TO) tem uma histórica trajetória vinculada ao desbravamento da Amazônia. Na última década, ela tornou-se a rota também da expansão do agronegócio, que veio deslocando-se da região Centro-Oeste rumo à região Norte. Com isso, o fluxo de veículos na rodovia atinge a média diária próxima de 7.000 veículos, sendo em sua grande maioria veículos de carga.

Disso resultou que a Belém-Brasília compõem hoje um dos principais eixos de escoamento da produção do agronegócio brasileiro, papel que será ampliado com integração à Ferrovia Norte-Sul  em construção, e a Hidrovia Araguaia-Tocantins, também em execução, formando um sistema multimodal destinado principalmente à exportação.

Por conta disso, o governo federal tem disponibilizado recursos para sua manutenção. Está em execução pelo Dnit um programa de obras de manutenção centralizadas principalmente no município de Araguaína, em Tocantins, que inclui serviços de conservação e recuperação executados tanto na rodovia como nas pistas laterais entre o km 131 e o km 145. Até o fim de 2010, as boas condições da pista estarão recuperadas, com um investimento de R$ 1,4 milhão, garante o Dnit.


Em outubro, o órgão anunciou também a Elaboração de Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para as obras de melhorias e de adequação da capacidade da BR-010 (Belém-Brasília), na travessia urbana de Imperatriz, e o projeto abrangerá a interseção da BR-010 o com acesso ao conjunto habitacional Vitória. Trata-se de uma reivindicação antiga não só dos moradores do núcleo residencial, como também do município de Davinópolis. Após a aprovação do EVTEA, será providenciada a licitação para a contratação do projeto executivo de engenharia para as obras.

Em 2003, a rodovia já tinha recebido um pacote de obras iniciado em 2003, em que constaram serviços de recuperação, restauração e manutenção nos estados de Goiás, Tocantins e Pará. Foram aplicados R$ 227, 9 milhões na conservação e manutenção de 2.061 km, com obras em Goiás (BR 153), Pará (BR 010), Tocantins (BR 153) e BR 226, recursos provenientes de financiamento do Banco Mundial, dentro do Programa de Restauração e Manutenção da Malha Federal.

Eixo histórico
A Belém/Brasília começou a ser construída em 1960, no governo do presidente Juscelino Kubitschek e foi concluída em 1974. Ela integra a BR 153, que começa no Pará e termina no Rio Grande do Sul. Nos cerca de 2 mil km em que a rodovia tem a designação “Belém/Brasília”, ela atravessa os estados do Pará, Maranhão, Tocantins, e Goiás, partindo de Belém. É o principal eixo de ligação rodoviária da região Norte com as demais regiões do Brasil. Em Goiás e parte do Tocantins, recebe a designação de BR 153; no Pará, de BR 010 e 316, e no Maranhão, de BR 010. Ainda no Tocantins, ela também tem a designação de BR 226.  

No Centro-Oeste, a Belém/Brasília começa em Anápolis, cidade de 300 mil habitantes, e passa por outras importantes cidades goianas, como Jaraguá, Ceres, Uruaçu e Porangatu. No Tocantins, passa, entre outras cidades, por Araguaína, Colinas, Guaraí, Miranorte, Paraíso do Tocantins e Gurupi. Somente no Tocantins, a rodovia possui 43 pontes, inclusive a localizada sobre o Rio Tocantins, na divisa com o Maranhão, com 513 metros de extensão.

Já no Maranhão, a Belém/Brasília passa por Estreito, na divisa com Tocantins, e segue para Porto Franco, Campestre do Maranhão, Ribamar Siquene, Imperatriz (segunda maior cidade do estado, com mais de 300 mil habitantes), João Lisboa, Senador La Roque, São Francisco do Brejão, Açailândia e Itinga. No Pará, as principais cidades no trajeto são Castanhal, Santa Maria, São Miguel do Guamá, Paragominas e Capanema. Mais de 1,5 milhão de pessoas vivem nas cidades e povoados próximos à rodovia. A viagem de ônibus entre Belém e Brasília dura em média 32 horas.

Rodovia integrou região Norte
O ano 2008 marca os 50 anos de fundação de diversas cidades surgidas no rastro da rodovia Belém-Brasília. A rodovia foi mais um dos sonhos e projeto do então presidente Juscelino Kubitscheck, que almejava ver a região Norte interligada às demais regiões do Brasil. Em de 1959, um decreto assinado pelo presidente previa a construção da Belém-Brasília, sendo encarregado para a tarefa o engenheiro Bernardo Sayão. A lei previa a construção da nova capital federal e uma rede de rodovias ligando a sede do governo às demais regiões do Brasil, sendo a Brasília-Rio de Janeiro (hoje rodovia Juscelino Kubitscheck), Brasília-SãoPaulo (atual via Anhanguera), Brasília-Livramento, Brasília-Fortaleza, Brasília-Acre e Brasília-Belém ou Belém-Brasília.

Até aquela época, o Pará era um estado isolado do resto do País. Para chegar a Belém, só por via aérea ou marítima. Outra opção, a mais penosa, seria via terrestre, através de picada aberta na mata, partindo do Maranhão, seguindo a região costeira, passando por Santa Helena, Viseu, Bragança e chegando à capital paraense através da região do Salgado. Por esta rota também vinham rebanhos de gado de outras regiões.

Muitos foram os obstáculos enfrentados para a execução da via, em uma época em que não havia as exigências de licenciamento ambiental que existem hoje. Além da mata, a presença de tribos indígenas ao longo do traçado era comum. 

Inicialmente foram criadas duas frentes de serviço, uma saindo de Brasília e outra de Belém, até o ponto onde se encontrariam. O lugar é conhecido hoje como Ligação do Pará, situado entre os municípios de Ulianópolis e Dom Eliseu. A Belém-Brasília, com 2.772 km, dos quais 450 km dentro da selva amazônica. A obra foi inaugurada em 1960, sem Bernardo Sayão, que morreu em 15 de janeiro de 1959, vitimado pela queda de uma árvore gigantesca dentro de um alojamento na Vila Ligação, em Ulianópolis. 

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